segunda-feira, 16 de maio de 2011

Intra-empreender


Provavelmente você, assim como milhares de brasileiros, também sonha em ter sua independência financeira através de seu negócio próprio, mas esbarra em algumas dúvidas, tais como: que tipo de negócio? Será que estou preparado(a)? Por onde começar? Com que capital? Para que tipo de cliente? Tenho o conhecimento necessário sobre o produto/serviço ou mercado? Mas se não der certo? E por aí vai...





Porém, empreender não diz respeito apenas a abrir um novo negócio e se aventurar no mundo das grandes responsabilidades empresariais. Também está ligado à habilidade de perceber as oportunidades onde a maioria das pessoas não as vê, dentro da própria empresa em que se trabalha.

 Profissionais com estas características são chamados de intra-empreendedores ou empreendedores corporativos. O que os motiva é desenvolver novas idéias e implementá-las, aproveitando esta oportunidade para se desenvolver e gerar soluções com as ferramentas e estrutura que a empresa oferece e diferenciando-se.

A imagem do empreendedor como a figura revolucionária que mudará o mundo com idéias fantásticas deve ser desmistificada, pois pode tornar-se sinônimo de frustração se aquela incrível idéia não vem. Esta pressão nos torna menos produtivos e menos receptivos a novas idéias. Todos nós, em maior ou menor grau, temos capacidade de criar, de inovar, de pensar diferente. Esta é uma habilidade que precisa ser constantemente exercitada, desenvolvida. Para isso, é necessário ter os objetivos definidos (já falamos sobre isso em posts anteriores), estar com a cabeça aberta e ter um ambiente que promova o surgimento de novas idéias.

Tenha sempre em mente que:


Você tem potencial: podemos dizer que potencial é uma habilidade ainda não utilizada, aquilo que você pode fazer, mas não fez. Idéias estão aí na sua cachola fervilhando e esperando ansiosas pela hora de vir à tona e conhecer o mundo real. Não sufoque este potencial, mas resgate e liberte-o.

Coisas simples fazem a diferença: nem tudo que é bom precisa ser complicado. Pelo contrário, depende da aplicabilidade que ela tem. A correria do dia-a-dia também nos impede de contemplar as coisas mais simples. Observe o seu ambiente! Um tal engenheiro suíço chamado Georges de Mestral, muito curioso, ao fazer seu trajeto para o trabalho pelas manhãs, percebeu que carrapichos (não estou falando daquela banda de Manaus, sucesso dos anos 90, mas um tipo de semente espinhosa de certas plantas) ficavam grudados em sua calça. Ao observar mais de perto, entendeu como isso acontecia e decidiu reproduzir a técnica: assim nascia o velcro. E essa é apenas uma pequena história sobre coisas que foram criadas nascendo da observação e da simplicidade.

É preciso acreditar na possibilidade: você conhece pessoas que só pensam que tudo pode dar errado, que não vai funcionar ou que já se tentou antes e não funcionou? Você já viu alguém com esta postura se destacando e realizando seus sonhos? Obviamente não, pois estas pessoas são paralisadas pelo seu próprio pessimismo. Elas são incapazes de levar adiante qualquer coisa que começam, pois a acomodação e o medo de sair da zona de conforto falam mais alto. Fuja delas! Esta é uma opção de vida que não precisa ser a sua.

Mais algumas dicas para se aventurar no mundo dos intra-empreendedores:

  • Crie um ambiente propício à inovação;
  • Aprenda sempre e estar aberto para novos conhecimentos constantemente;
  • Entenda as necessidades de seus clientes e potenciais clientes (leia-se também: áreas internas da companhia, com que se relaciona);
  • Fortaleça sua rede, pois assim terá mais pessoas conhecendo a apoiando suas ideias;
  • Busque novos desafios, propor, estar à disposição para assumir projetos, por exemplo;
  • Não se acomode (a acomodação é a inimiga da criação);
  • Seja determinado (a única certeza que temos ao sair de casa é que ouviremos vários “nãos” durante o dia. Cabe a nós fazermos a diferença, entendendo que a cada “não”, estamos mais perto de um “sim”);
  • Esteja de olho nas novidades e nas tendências, tentando antecipar-se;
  • Seja crítico (o que não quer dizer criticar tudo!) para perceber o que poderia ser feito de outras formas;
  • Não tenha medo de errar (risco calculado);
  • Seja persistente, não desistindo na primeira dificuldade. É persistindo que se chega ao topo!
  • Faça o que deve ser feito;
  • Comemore todos os pequenos avanços, as pequenas vitórias, isso nos dá motivação para buscarmos as grandes;

Procuro pensar que para empreender em qualquer projeto pessoal ou profissional, é preciso coragem para se livrar dos medos, dos modelos mentais, que nos impedem de crescer ou, muitas vezes, de dar o passo mais importante: o primeiro.

Pode ser que ao fazer uso de suas potencialidades, gerando e gerenciando ideias, implementando-as e aprendendo com as mudanças, compartilhando soluções e desenvolvendo relações, possa trazer experiência, conhecimentos e, por que não, recursos, para responder a todas aquelas perguntas do início do texto e isso acabe impulsionando você a realizar seu sonho.

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